segunda-feira, dezembro 25, 2006

Ano novo, Amor Novo? Parte II

Volto com o tema do ano novo e suas expectativas sobre os nossos relacionamentos amorosos.
Faz parte da sensação de um ano novo todo um exercício reflexivo sobre o ano que passou, e , se estamos sozinhos, sonhar com um novo amor, ou se estamos com alguém torcer para que a relação melhore.
Começemos pelos que estão "sozinhos". Na nossa cultura procuramos estabilidade e felicidade, mas estamos condicionados que só teremos esta plena realização se tivermos com outra pessoa para nos completar, ou seja, a nossa dita alma gêmea, e cremos que alguém como parceiro (a)
é indispensável, e isso reforça um modelo de dependência amorosa entre duas pessoas.
Acontece que algumas pessoas caem em profundo estado de depressão quando não tem ninguém para trocar presentes dia 12 de Junho. São pessoas que beberam na fonte da felicidade que diz como deve ser a vida, e que as pessoas tem que manter uma relação estavel com alguém para serem consideradas maduras, caso contrário o sentimento de solidão e abandono passa a ser tão constante quanto o ato de respirar, e então vemos que essa tal felicidade é realmente como um pote de ouro atrás do arco-iris: nada mais que balela.
Todavia, também existe um outro lado da moeda: os que optam pela manutenção de relacionamentos que são que são frustrantes na sua essência. Os sujeitos dessa relação se submetem de tal forma á estruturas tradicionais de relacionamento que preferem uma relação muitas vezes insuportável a viver "sozinhos", preferem , neste sentido, suportar o insuportável.
Novamente o medo da solidão une essas duas situações: os que estão num exercício incessante de busca de um relacionamento estável e os que preferem os frios relacionamentos com medo de uma dita solidão.
É claro que estas concepções equivocadas tem base histórica, afinal segundo a Bíblia , que rege o modelo de conduta no Ocidente, a partir de uma perspectiva judaico-cristã, Deus criou Eva para que Adão não se sentisse só. E a predominância desta convicção errônealeva as pessoas amanterem relacionamentos que só geram opressão e sofrimentos ás partes envolvidas.
Não quero ser taxado de não atentar para a diversidade sexual. Portanto para os gays a situação gera proporções maiores, ainda que muitas nao atentem para este lado. Devido o grande número de parceiros através do alto intercâmbio sexual de uma parcela significativa, como por exemplo a cultura da sauna ou do banheirão, os relacionamentos são muito situacionais.
Para muitos , embalados pelo mito da juventude, e por uma leve liberalização dos costumes é tolerável entre dois jovens, mas não entre duas pessoas de meia idade, os chamados ursos. Por isso é latente em muitos homossexuais o desejo de num futuro constituirem um tradicional modelo de família, o que constribui consideravelmente para que fiquem dentro do armário.
Assim, continuamos acorrentados na ditadura do relacionamento estável, cujos aparelhos ideologicos sao sustentados a ferro e fogo. O meu desejo para o ano novo não é um amor novo, mas que possamos construir uma verdadeira revolução sexual, que agregue liberdade sexual e sentimental para construirmos uma sociedade libertária, e para todos os que querem gozar a liberdade e a felicidade fica o meu mais sincero voto de FELIZ ANO NOVO.

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

aah
gostei bastante

o texto tah mt bom


abraços!!!

3:56 PM  
Anonymous Anônimo said...

Q viagem!
tu escreve bem hein garoto?!
parabens!
e FELIZ ANO NOVO pro senhor
abraços

11:39 AM  
Anonymous Anônimo said...

Muito boa iniciativa amigo! Vou add um link do seu blog no meu flog ok???
www.fotolog.com/alessandromaia
Sucesso em 2007! Você merece!
:D

11:19 AM  
Anonymous Anônimo said...

pows q bacana cara..
vo bota no meu orkut pra galera da uma olhada!!
boa sorte

1:15 PM  

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